Iniciar um processo de coaching exige que a pessoa que participará das sessões tenha uma visão clara do estado desejado que pretende alcançar, mas que não consegue atingir sozinha. Segundo Whitmore (2006), o coaching parte do princípio de que o indivíduo possui recursos internos para alcançar seus objetivos, mas precisa de orientação para desbloqueá-los.
Essa clareza é crucial, pois dedicar tempo ao coaching sem ter um objetivo definido pode resultar em esforços infrutíferos. Krausz (2007) destaca que a definição precisa dos objetivos é o primeiro passo para qualquer processo de desenvolvimento pessoal ou profissional eficaz.
Por exemplo, no coaching de emagrecimento, se o cliente não sabe quantos quilos ou medidas deseja eliminar, os esforços e questionamentos do coach podem não ser eficazes. Osterwalder (2015) enfatiza que a especificidade do objetivo é essencial para o sucesso de qualquer intervenção de coaching.
No contexto de coaching de liderança ou coaching executivo, os estados desejados podem variar amplamente dependendo das necessidades específicas do cliente. Exemplos incluem:
- Melhoria das Habilidades de Comunicação: Um líder pode desejar aprimorar sua capacidade de comunicação para inspirar e motivar sua equipe de forma mais eficaz.
- Desenvolvimento de Inteligência Emocional: Executivos podem querer aumentar sua inteligência emocional para gerenciar melhor o estresse e as emoções no ambiente de trabalho.
- Aumento da Capacidade de Tomada de Decisão: Um objetivo comum pode ser melhorar a capacidade de tomar decisões estratégicas sob pressão, levando em consideração todos os aspectos do negócio.
- Gestão de Conflitos: Outro estado desejado pode ser desenvolver habilidades para gerenciar e resolver conflitos dentro da equipe de forma construtiva.
- Equilíbrio entre Vida Profissional e Pessoal: Muitos líderes buscam alcançar um equilíbrio saudável entre suas responsabilidades profissionais e pessoais.
Com o estado desejado claramente definido, é possível iniciar o trabalho de coaching, independentemente do tipo, seja ele executive coaching, life coaching, coaching de carreira, entre outros. Hargrove (2008) afirma que a clareza do estado desejado permite a construção de um roteiro estratégico para alcançar os resultados esperados.
Referências Bibliográficas:
HARGROVE, R. Masterful Coaching. São Paulo: Editora Pearson, 2008.
KRAUSZ, R. Coaching Executivo: A Diferença que Faz Diferença. São Paulo: Nobel, 2007.
OSTERWALDER, A. Business Model Generation. São Paulo: Alta Books, 2015.
WHITMORE, J. Coaching para Performance. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2006.